PABLO NERUDA :
Pablo Neruda (nascido em 12 de Julho de 1904 em Parral no Chile e falecido no dia 23 de Setembro de 1973 em Santiago) foi um grande poeta chileno ( e também um diplomata), ganhador de um Nobel de Literatura (em Outubro de 1971) e também do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford (també vale dizer que ele ganhou um Prêmio Lênin da Paz). Nascido como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto adotou o pseudônimo de Pablo Neruda ainda na adolescência, e que após uma ação na justiça, passou a ser seu nome oficial. Seus poemas são bastante conhecidos pelo teor romântico, começou a pública-los no periódico A Manhã da cidade de Temuco para a qual tinha se mudado com o pai em 1906 (sua mãe faleceu quando Neruda tinha apenas um mês de vida). Suas memórias foram publicadas postumamente em 1974, sob o título "Confesso que Vivi". Bom, aqui vai um poema do Neruda:
Posso Escrever os Versos Mais Tristes Esta Noite:
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda
Bom, essa com certeza não foi a minha melhor postagem (hoje foi um dia de cão), mas prometo fazer um trabalho mais decente na próxima segunda feira. Inté lá!
Essa postagem não foi nada indecente, pois eu adorei esse poema. É meio triste mas nos faz pensar sobre a duração do amor e da vida e a importância de viver cada momento, porque não sabemos o que nos aguarda no futuro.
ResponderExcluirO poema é lindo, pois trata-se do amor e ao mesmo tempo é triste, pois fala da perda desse amor. Retrata o amor incondicional e a inconformidade com a morte da mulher que ele amava, como diz no verso: "a minha alma não se contenta por havê-la perdido."
ResponderExcluirAmanda Gondim.