terça-feira, 31 de agosto de 2010



Olá Galera

Bom hoje fizemos a prova da professora Gilsa espero que tenham gostado =). Estou esperando sugestões para nosso blog. Quero saber de vocês o que querem que eu poste na próxima terça - feira onde entraremos com um novo assunto =).
Hoje estou postando um poema sobre amor xD

Amor é síntese


Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...

Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

Mário Quintana

Gif Rei Leão


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poesia Estrangeira - Parte III



[modo esquizofrênico on] Saudações fieis leitores! Sejam bem-vindos a mais um dia na coluna mais comentada da história desse blog. Hoje, vamos fazer uma pequena mudança de ares, como me foi lembrado, essa coluna estava sendo dominada por americanos, então, de hoje em diante vamos mudar o foco para o velho mundo, no caso de hoje mais precisamente para Alemanha, pátria de Heinrich Heine, sem mais delongas vamos logo ao assunto:[modo esquizofrênico off]




HEINRICH HEINE



Christian Johann Heinrich Heine, nascido em 13 de Dezembro de 1797 e falecido no dia 17 de fevereiro de 1856). Conhecido como o "último dos românticos", sua obra foi fonte de inspiração para compositores como Felix Mendelssohn, Franz Schubert e Robert Schumann. Heinrich Heine viveu num período cujas mudanças sociais e políticas tiveram consequências em quase todo o mundo: a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas.
Como poeta, Heine estreou em 1821. E, já no começo de sua longa carreira literária, compôs um de seus poemas mais famosos, Dois granadeiros, que reflete sua admiração por Napoleão.

Por razões de saúde passou temporadas nas praias do Mar do Norte, que lhe inspirou uma série de poemas sombrios e pitorescos sobre o amor frustrado, incluídos em seu famoso Livro das canções, uma extensa coleção de versos.


Esses primeiros trabalhos mostram influências da época, porém o toque irônico os destaca do mainstream romântico. Suas viagens de verão produziram também a base para os quatro volumes dos Quadros de viagem (1826–31), uma combinação de autobiografia, crítica social e debate literário.


Em visita à Inglaterra em 1827, ficou horrorizado com os costumes e o materialismo que dominavam a capital inglesa, voltando decepcionado para a Alemanha. No terceiro volume dos Quadros de viagem, Heine satiriza o poeta e dramaturgo alemão August von Platen, que tinha atacado as origens judaicas do poeta. Este ato prejudicou a reputação de Heine. Em 1831 foi a Paris como jornalista para escrever artigos sobre o desenvolvimento do capitalismo e da democracia no país. Três anos mais tarde, se apaixonou por Crescence Eugénie Mirat ("'Mathilde" em seus poemas), com quem casou anos mais tarde.

Na capital francesa, escreveu livros de viagens e ensaios sobre a literatura e filosofia de sua terra natal, o que não agradou aos censores alemães. A partir daí o poeta passou a ser visado por seu potencial subversivo. Uma frase sua se tornaria profética no contexto do nazismo: "Onde livros são queimados, seres humanos estão destinados a serem queimados também". No fim de 1835, ele se encontrava cercado de espiões, sendo forçado a se exilar em Paris. Sobre o assunto, escreveu: "Quando os heróis saem do palco, os palhaços sobem".


Desafiando os censores, Heine escreveu, durante estada na Alemanha, uma longa sátira – Alemanha, um conto de inverno (1844), onde ataca os reacionários. Do mesmo ano data o poema Os pobres tecelões, onde retrata as péssimas condições de trabalho no país, traduzido por Friedrich Engels para o inglês. Graças a ele, Heine se tornou um dos poetas mais estudados em países comunistas.

O Brasil também se encontra presente na obra de Heine. No poema O Navio Negreiro, do original alemão Das Sklavenschiff, de 1853/54, o escritor alemão retrata a condição dos prisioneiros de um navio negreiro aportado no Rio de Janeiro. O poema foi base de inspiração para o escritor Castro Alves, em seu poema de mesmo nome. No Brasil, Heine foi admirado por diversos escritores brasileiros, entre eles Machado de Assis Além de Machado, muitos outros também traduziram o escritor alemão, como Gonçalves Dias e também Raul Pompéia, Alphonsus de Guimaraens, Fagundes Varela e Manuel Bandeira.

Já estou ciente de que ouvirei reclamacões e queixas sobre o tamanho do poema mas de qualquer jeito aqui vai o dito cujo:


O navio negreiro
O sobrecarga Mynheer van Koek
Calcula no seu camarote
As rendas prováveis da carga,
Lucro e perda em cada lote.

"Borracha, pimenta, marfim
E ouro em pó... Resumindo, eu digo:
Mercadoria não me falta,
Mas negro é o melhor artigo.

Seiscentas peças barganhei
-- Que pechincha! -- no Senegal;
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.

Em troca dei só aguardente,
Contas, latão -- um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.

Se chegarem trezentos negros
Ao porto do Rio Janeiro,
Pagará cem ducados por peça
A casa Gonzales Perreiro."

De súbito, Mynheer van Koek
Voltou-se, ao ouvir um rumor;
É o cirurgião de bordo que entra,
É van der Smissen, o doutor.

Que focinheira verrugenta!
Que magreza desengonçada!
"E então, seo doutor, diz van Koek,
Como vai a minha negrada?'

Depois dos rapapés, o médico,
Sem mais prolilóquios, relatando"
"A contar desta noite, observa,
Os óbitos vêm aumentando.

Em média eram só dois por dia,
Mas hoje faleceram sete:
Quatro machos, três fêmeas, perda
Que arrolei no meu balancete.

Examinei logo os cadáveres,
Pois o negro desatinado
Se finge de morto, esperando,
Lançado ao mar, fugir a nado!

Seguindo à risca as instruções,
Ao primeiro clarear da aurora,
Mandei retirar os grilhões
E -- carga ao mar! -- sem mais demora.

Os tubarões, meus pensionistas,
Acudiram todos, em bando.
Carne de negro é manjar fino
Que aparece de vez em quando.

Mal nos afastamos da costa,
Rastreiam o barco, na esteira,
Farejando de muito longe
Os eflúvios da pestiqueira.

Edificante é o espetáculo,
Pois o tubarão narigudo
Não escolhe cabeça ou perna
E abocanha, devora tudo!

Como se opíparo banquete
Fosse um simples aperitivo,
Põe-se a rondar, pedindo mais,
Sempre à espreita e de olho vivo!"

Mas o inquieto van Koek lhe corta
O relato em meio... Como há de
Remediar-se a perda, pergunta,
Combatendo a letalidade?

Responde o doutor: "Natural
É a causa; os negros encerrados,
A catinga, a inhaca, o bodum
Deixam os ares empestados.

Muitos, além disso, definham
De banzo ou de melancolia;
São males que talvez se curem
Com dança, música e folia."

"O conselho é de mestre!", exclama
Van Koek. O preclaro doutor
É perspicaz como Aristóteles,
Que de Alexandre era mentor!

Eu, presidente dos Amigos
Da Tulipa em Delft, declaro
Que, embora sabido, ao seu lado,
Não passo de aprendiz, meu caro.

Música! Música! A negrada
Suba logo para o convés!
Por gosto ou ao som da chibata
Batucará no bate-pés!"

O céu estrelado é mais nítido
Lá na translucidez da altura.
Há um espreitar de olhos curiosos
Em cada estrela que fulgura.

Eles vieram ver de mais perto
No mar alto, de quando em quando,
O fosforear das ardentias,
Quebra a onda, em marulho brando.

Atrita a rabeca o piloto,
Sopra na flauta o cozinheiro,
Zabumba o grumete no bombo
E o cirugião é o corneteiro.

A negrada, machos e fêmeas,
Aos pulos, aos gritos, aos trancos,
Gira e regira: a cada passo,
Os grilhões ritmam os arrancos

E saltam, volteiam com fúria incontida,
Mais de uma linda cativa
Lúbrica, enlaça o par desnudo --
Há gemidos, na roda vida.

O beleguim é o maitres des plaisirs,
É ele quem manda e desmanda;
Instiga o remisso a vergalho
E rege a grito a sarabanda.

E taratatá e denrendendém!
O saracoteio insano
Desperta os monstros que dormem nas ondas
Ao profundo embalo do oceano.

Tubarões, ainda tontos de sono,
Vêm vindo, de todos os lados;
Querem ver, querem ver para crer,
Estão de olhos arregalados.

Mas percebem que o desjejum
Longe está e logo, impacientes,
Num bocejo de tédio e fome
Arreganham a serra dos dentes.

E taratatá e denrendendém!
Não tem fim a coréia estranha.
Mais de um tubarão esfaimado
Sua própria cauda abocanha.

Eles não querem saber de música
Como outros do mesmo jaez.
"Desconfia de quem não gosta
De música", disse o poeta inglês.

E denrendenrém e taratá --
A estranha festança não tem fim.
No mastro do traquete, van Koek,
De mãos postas, rezava assim:

"Meu Deus, conserva os meus negros,
Poupa-lhes a vida, sem mais!
Pecaram, Senhor, mas considera
Que afinal não passam de animais.

Poupa-lhes a vida, pensa no teu Filho,
Que ele por todos nós sacrificou-se!
Pois, se não me sobrarem trezentas peças,
Meu rico negocinho acabou-se!"

Tradução: Augusto Meyer



Bom, essa foi a minha coluna dessa semana, na próxima irei falar sobre um francês chamado Baudelaire, Au revoir.


Postagem de hoje feita a partir da sugestão do herr Lucas Mello.


Lucas Freitas

sábado, 28 de agosto de 2010

Revisão para a prova

Galera, estou postando hoje, um poema para vocês fazerem a separaçaõ de sílabas e dizer que tipo de poema ele é {decassílaba, alexandrino...}. Se caso o poema tiver rimas, identifique-as e diga se são pobres ou ricas. Este poema que inclusive ja foi trabalhado aqui no blog, se chama "Motivos"-Cecília Meireles.

Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidas,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
-não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
-mais nada.
Bons estudos e boa semana :D
beijos
Cynára Liane

Poesia Visual

Fala galera,
Hoje vou mostrar algumas poesias visuais que encontrei. O primeiro chama-se Narcisismo e foi feito por Ada Prieto:

Narcisismo
Tem outra que achei interessante de Artur Gomes, denominada Ovo.

Ovo
Bem, espero que vocês tenham gostado dos poemas e se quiserem mais, visitem este site: http://www.poemavisual.com.br/html/pv.php

Por: Mateus V.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Poesia Visual

Olá pessoal,


Hoje (27/08) irei postar para vocês algumas poesias visuais de Ronaldo Azeredo,inclusive um de seus poemas,foi mostrado por Gilsa em sala de aula (Ruasol). Ronaldo foi o modelo de criação das poesias visuais para os poetas. Aqui estão algumas poemas dele,e após leerem, diga o que cada poema que passar ao leitor.



* Bom, nós do atual grupo do blog estamos procurando alguns exercicios de métrica,como revisão para a prova. Provavelmente,se acharmos, ainda hoje ou amanhã estaremos postando. Por favor não deixe de comentar e não esqueçam de estudar. até a próxima sexta.
beijos
Cynára Liane

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poesia em imagem


Oi pessoal, hoje eu irei postar um poema visual, que além de ser muito interessante, ele ainda aborda uma assunto de literatura; A questão sobre as rimas.


O Gatilho



Autor desconhecido

Bjos, Eliziane Marciel.

Essa postagem possuiu a ajuda de Bruno Teodósio


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Clarice Lispector


" Hoje vou falar um pouco sobre Clarisse Lispector , que nossa amiga Kalen me sugeriu.

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro, tendo recebido o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorre durante a viagem de emigração da família em direção à América.
Foi uma escritora brasileira, nascida naUcrânia. Autora de linha introspectiva, buscava exprimir, através de seus textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e intensa ruptura com o enredo factual, a ponto de a própria subjetividade entrar em crise.




"Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas."

Clarice Lispector


Ei pessoal,não se esqueçam de estudar para a prova.
JÁ É PROXIMA SEMANA!!!
Abraços, Bruno Teodósio.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Poema Visual


Olá pessoal!
Estamos entrando na semana de prova e com isso nós tentaremos tirar todas as duvidas. xD
Hoje Gilsa mostrou "Poemas Visuais". Por isso postarei um poema visual, e ainda essa semana meus colegas postaram exercícios para a prova. Lembrando que vocês podem nos passar dicas para melhorar o blog.
Desculpa por essa postagem, mas o dia ta dificil né?!?! xD
Beijinhos
Ingride D.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poesia Estrangeira - Parte II



Bom, depois de aclamada pela crítica, está de volta a coluna dedicada à poesia estrangeira, hoje falaremos um pouco sobre o poeta T.S.Eliot, sem mais delongas aqui vamos nós:



T. S. Eliot:


Thomas Stearns Eliot, nascido em St. Louis (EUA) em 26 de Setembro de 1888, falecido em 4 de Janeiro de 1965 foi um poeta modernista, além de dramaturgo e critíco. Em 1927 (aos 39 anos) foi nacionalizado britânico. E em 1948 recebeu o Nobel de Literatura.
Em sua poesia é notável a forte presença religiosa além da presença do inglês arcaico, entre as suas obras mais importantes estão:

- The Love Song Of J. Alfred Prufrock (1915)
-The Waste Land (1922)
-The Hollow Men (1925)
-Four Quartets (1943)
-Old Possum's Book of Pratical Cats (1939)

E
ntre eles, o Waste Land (ou Terra Desolada), vale destacar o célebre verso "i will show you fear in a handful of dust" (algo como "eu lhe mostrarei o terror em um punhado de pó", fãs do inglês Neil Gaiman vão reconhecer essa sitação. Outra sitação , dessa vez de The Hollow Men pode ser vista no final do trailer do jogo Halo 3 ("this is the way the world ends" ou "é assim que o mundo acaba" se quiser pegar ao pé da letra).

E, agora minha coluna chega ao fim, e para não vos deixar de mãos vazias aqui vai o poema referido acima ( e devido ao grande número de reclamações quanto ao tamanho das postagens e tudo o mais, eu só vou postar uma parte dele, se quiserem ver mais o site tá lá embaixo) lembrem-se de deixar vossas impressões e comentários:

OS HOMENS OCOS

"A penny for the Old Guy"
(Um pêni para o Velho Guy)

Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada

Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;

Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam - se o fazem - não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.


Site com poemas de T.S. Eliot:http://www.culturapara.art.br/opoema/tseliot/tseliot.htm



Bom, no próximo post irei falar sobre Robert Zimmerman, inté lá.


Lucas Freitas

sábado, 21 de agosto de 2010

Gonçalves Dias

Bom galera, desculpa por não ter postado ontem (sexta-feira,20 de agosto de 2010). Porém hoje estarei falando de um poeta muito conhecido no século XIX, Gonçalves Dias. Ele é considerado o maior poeta romantico brasileiro. Aqui está uma de suas poesias, que incluvise um dos trechos está presente em nosso hino nacional.

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que, aqui gorjeiam,
Não gorjeiam lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar,sozinho,á noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra têm palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Eu cismar-sozinho,á noite-
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte pra lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem q'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
*Agora eu pergunto a vocês,o que essa poesia transmite? O que ele sente?
Bom gente, fico por aqui, e por favor,dêem sugestões para nosso blog ficar melhor. Até a proxima semana, beijos.

Cecília Meireles (1901 - 1964)

E ai, galera!

Bem, hoje vou falar um pouco sobre essa grande poetisa.

Biografia:

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu a 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Órfã de pai e mãe desde os três anos de idade foi criada pela avó materna. Formou-se em 1917 na Escola Normal de sua cidade natal, passando a dedicar-se ao magistério primário.
Organizou a primeira biblioteca infantil do país e publicou seu primeiro livro "Espectros" em 1919. A partir de 1922, passou a integrar a ala católica do movimento modernista. A partir da década de 30 começou a leciona literatura brasileira em diversas universidades.
Em 1935, o suicídio do marido a forçou a ampliar suas atividades de professora e jornalista, para educar as filhas. Alcança a maturidade como poeta em 1938 com a publicação de "Viagem", premiado pela Academia Brasileira de Letras.
Depois de casar-se novamente, inicia-se um período de intensa atividade profissional e literária, e de freqüentes viagens ao exterior. Em 1953, após anos de minuciosa pesquisa histórica, publica o "Romanceiro da Inconfidência". Cecília Meireles morreu a 9 de novembro de 1964, no Rio de Janeiro.


Aqui vai uma das suas belíssimas poesias:

Meu Sonho

Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.


Bem, foi muito bom falar um pouquinho dessa grande mulher.

Até a próxima ,pessoal! Abração!

Por: Mateus V.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Fernando Pessoa


Eaaaai pessoal (:

Hoje vou falar um pouco da vida de Fernando Pessoa, para que vocês fiquem por dentro da vida desse maravilhoso poeta.

Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935, Lisboa), poeta e escritor português. É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões.

Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos sete anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.

Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, activista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicista, ao mesmo tempo em que produzia a sua obra literária.
Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterônimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra.

Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos, na cidade onde nasceu. Sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").

Aí vaai um poema, de Fernando Pessoa e Alberto Caeiro, escrito entre 1913-15:

Biografia
Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimento nenhum.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;

Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.

Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.

**Estamos abertos para sugestões !
Até a próxima, beeeeijos ;* Eliziane Maciel

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vovó internauta

Vovó internauta
© Celso Brasil


Vovó me pediu, então, com estranho ar,

Que lhe ensinasse, na internet, navegar.

Queria os detalhes... onde deveria clicar?

Ensinei desde a entrada até o desconectar.


Depois daquele dia, tudo se alvoroçou...

Nem cafezinho fazia para o pobre Vovô.

De portas fechadas, o dia todo teclava.

Preocupado, Vovô nem mais passeava.


A família, curiosa, queria muito saber

E se perguntavam - Que devemos fazer?

Os dias se passavam... e nada mudava...

Aquilo era rotina. Ela nunca se cansava!


Até que, um belo dia, resolvi lhe perguntar

O que tanto fazia e onde queria chegar?

Vovó, com toda sua calma, me fez entrar.

E de portas fechadas, começou a me contar.


Disse que, na praça, Vovô não devia ficar,

Que ela ficava sozinha e
Negrito o tempo a passar!

Tramou tudo aquilo para o Vovô encucar!
Funcionou, pois ele nem ia mais passear.


Perguntei-lhe o que tanto digitava,

E ela, com um sorriso, disse que poetava

E que, na internet, nem mais entrava.

Perguntei-lhe o que “poetar” significava.


Calmamente, de novo, ela começou a contar

Que escrevia Poemas que falavam do amar...

Dos tempos que, com o Vovô, saía a namorar...

Dos passeios de bonde... dos bosques... do mar.


Leu Poesias bonitas que acabara de escrever.

Textos lindos que faziam a lágrima escorrer.

De repente... um barulho... Eu logo fui ver.

Era o Vovô, curioso, atrás da porta a se esconder.


Com os olhos cheios d’água e vermelhos, entrou

Dizendo ter escutado tudo o que se passou.

Abraçou a Vovó e, com carinho, murmurou

Palavras de apaixonado e ela também chorou.


Com isso, aprendi que tudo na vida acontece

Por causa do amor, porque o amor é uma prece.

Aprendi, também, que a Vovó, além de internauta,

É como as crianças... inteligente e, às vezes, peralta!


Comenta aew galera vlw até a proxima,abraços.

Por: Bruno Teodósio

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Métrica com Junqueira Freire



Olá galera!
Como nossa professora pediu estou postando um poema para que todos possam fazer a divisão métrica, mas antes que tal conhecermos um pouco sobre o poeta? =)
Junqueira Freire




Religioso católico e poeta do século XVIII, o baiano Luís José Junqueira Freire, se destacou como um excelente aluno, em 1849; para fugir da pressão familiar, em 1851, foi para um mosteiro, onde viveu amargurado, revoltado e triste, pois não tinha vocação monástica.
No mosteiro virou professor por se dedicar muito a leitura e poesia. Pediu a secularização em 1853, depois voltou para casa de sua mãe, onde lançou sua primeira autobiografia, em 1854. Pouco antes de sua morte, aos 23 anos, fez publicar seu único livro em vida que intitulou “Inspirações do Claustro”.

Agora sabendo um pouco sobre a vida do poeta
iremos analisar a métrica de seu poema. xD

Teus Olhos

Que lindos olhos
Que estão em ti!
Tão lindos olhos
Eu nunca vi...
Pode haver belos
Mas não tais quais;
Não há no mundo
Quem tenha iguais.

São dois luzeiros,São dois faróis:
Dois claros astros,
Dois vivos sóis.

Olhos que roubam
A luz de Deus:Só estes olhos
Podem ser teus.

Olhos que falam
Ao coração:Olhos que sabem
Dizer paixão.

Têm tal encanto
Os olhos teus!
— Quem pode mais?
Eles ou Deus?

Antes de me despedir hoje, queria me desculpar por uma coisa, eu encontrei um site onde podemos fazer um joguinho para descontrair, mas eu não estou sabendo coloca-lo no blog então vou botar o site para que se vocês quizerem entre para descontrair um pouco ok?
Por hoje é só isso galera ate terça que vem!

Beijos *_*
Com carinho Ingride

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Poesia Estrangeira- Parte I

Bom, como todos vocês sabem eu fui designado para falar sobre poesia estrangeira, uma tarefa árdua que eu pretendo cumprir da melhor forma possível, para iniciar minha coluna semanal, vou começar com um autor muito conhecido, seu nome: Edgar Allan Poe.


EDGAR ALLAN POE




Edgar Allan Poe (nascido em 16 de Janeiro 1809 em Boston e falecido no dia 7 de Outubro de 1849) foi um famoso escritor, poeta, critíco literário e editor. É considerado o pai da ficção policial, com a criação do detetive C.Auguste Dupin em Os Assassinatos da Rua Morge , também é considerado um dos criadores (ao lado de Júlio verne) do gênero de ficção científica. Sua obra exerceu (e ainda exerce) influência sobre vários autores e músicos, dentre eles podemos citas: H. P. Lovercraft, Augusto dos Anjos, Charles Baudelaire, Os Beatles (a música Black bird, se não me engano, foi inspirada em O Corvo e se vocês olharem com cuidado vão ver uma foto do Poe na capa do disco Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band uma homenagem feita pelo Fab Four ao escritor), entre vários outros. Além de contista e romancista, Poe foi poeta, (apesar da curta produção lírica) uma característica de seus poemas é o ritmo harmonioso, boa parte da obra se Poe se encaixa no movimento romântico (mais precisamente seguindo as linhas góticas e de romance negro).

Um de seus poemas mais conhecidos (e que será trabalhado aqui) é "O Corvo" (The Raven), talvez o mais conhecido de seus poemas. O poema se desenrola na primeira pessoa (como na maioria das obras de Poe) o que ajuda a criar o clima realista, denso e soturno do poema. No poema, o narrador, após sofrer uma grande perda amorosa é assombrado pela terrível certeza da morte (no caso, O Corvo, pelo menos foi dessa forma que eu interpretei, se vocês interpretarem de outra forma, por favor comentem).


Aqui vai a versão em português traduzida por Machado de Assis:


O Corvo (tradução de Machado de Assis do poema de Edgar Allan Poe):

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

Se quiserem uma versão em prosa nesse site há uma tradução:http://www.helderdarocha.com.br/literatura/poe/prosa1.html


Próxima segunda pretendo falar sobre Fernando Pessoa (ou sobre o T.S.Elliot, na hora eu decido), até lá continuem acompanhando o blog que será atualizado diariamente.

Inté a próxima!


Lucas Freitas.


P.S:Ia tentar colocar um vídeo dos Simpsons homenageando o poema mas não deu certo, fica pra próxima.